segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Celta - O novo Corsa Wind

Olá Pessoal! O assunto de hoje é um verdadeiro fantasma na vida de nós brasileiros.

Não é preciso enteder muito de carros para perceber que a indústria brasileira é atrasada. Que além de nossos modelos serem defasados, pagamos caro por eles. Durante anos nos empurraram verdadeiras carroças, que, sem escolha nem parâmetros, éramos obrigados a aceitar.

Mas com o novo papel que o Brasil assume no cenário econômico mundial isso vai acabar!



Até 10 anos atrás, quando os países desenvolvidos já equipavam seus carros obrigatoriamente com air-bags, já estacionavam com sensores, já guiavam com GPS, computador de bordo, direção elétrica e câmbio automático, carro "completo" no Brasil era ar + direção hidráulica + vidros e travas elétricas. Patético. E como explicar tal absurdo?

É aí que trago o assunto de hoje. O Carro-chefe da Chevrolet brasileira, um dos mais amados entre nossos consumidores, o que provavelmente está na sua garagem agora: O Celta.

Talvez umas das maiores jogadas de marketing e engenharia que já se viu, sua história começa lá trás, em mil novecentos e noventa e quatro. A nova família de entrada da Chevrolet, chegara para continuar o sucesso de seu antecessor - o Chevette - e ainda encarar os novos concorrentes de peso que estavam por vir, chegou com ousadia, surpreendeu, inovou, conquistou.

O sucesso ampliou a família, lançou sedan, pickup e wagon. Bateu de frente com os novos Gol e Palio por anos. Mas tudo tem um fim, certo? Errado.
Como, depois de 6 anos de mercado, já com design defasado, tirar um sucesso de linha? Como manter a imagem de "empresa inovadora" enganadora com um projeto do final da década de 80?

A reposta pode ser óbvia: lançando um novo produto. Assim nasceu o Novo Corsa. Imponente, espaçoso, lanternas na coluna, cintura alta, design duvidoso. A verdade é que o novo corsa poderia até ter recebido outro nome, pois em nada lembrava seu antecessor. E isso refletia nas vendas, já que Novo Corsa nunca emplacou.


Mas quem disse que queriamos tudo aquilo? Quem disse que o carro de entrada precisava se sofisticar tanto? O Sedan com todo aquele tamanho intimidava, encarecia. O consumidor brasileiro queria mesmo era um sedan pequeno e sem graça, esmirrado por dentro e por fora. Até que, em uma mente brilhante, surge o grande plano. Vamos relançar o velho Corsa!

E, como uma das coisas que brasileiros mais gosta é ser enganado (vide a política), não tinha como dar errado. Bastava um "tapa" no visual e um novo nome para empurrar por mais 10 ou 15 anos aquele mesmo projeto que inovou em 94. E ninguém ia perceber.

Assim, nasceu o "Celta, o melhor carro que você já fez". Lembram deste slogan? Sim, você. Você escolheu que nossos carros seriam atrasados. Você escolheu comprar o mesmo carro por causa dos novos faróis e lanternas, mas com acabamentos e plásticos ainda piores. Você escolheu um carro com o volante torto. E se não fosse mais caro, você escolheria o Celta sedan (Prisma).

A matéria terminaria aqui, mas não posso encerrar sem falar do Classic. Os dois carros da Chevrolet que mais vendem fizeram sucesso em 94. Um foi maqueado em 2000, o outro 10 anos depois, recebendo faróis e lanternas de formas tão duvidosas quanto o gosto do brasileiro. Estamos em 2011.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

1.0 que anda x 1.0 que economiza



Antes de começar, preciso brindar a este primeiro post! viva!

Mas porque começar falando de algo tão desagradável? Simples. Os motores populares respondem pela metade dos veículos vendidos no Brasil. E praticamente todos nós tivemos, temos ou teremos um 1.0 na garagem. Então vamos lá:
Lá no iníco dos anos 90, o Fiat Uno inovou seu segmento com um motor de 994 cilindradas. Os 48 cavalos garantiam economia de combustível, elevavam a relação custo x benefício e marcavam a nova era dos carros nacionais.

De lá para cá muita coisa mudou. Estes motores evoluíram e hoje se apresentam com quase o dobro de força. 1.0 hoje chega a ter 80 cavalos, equipa carros maiores (como é o caso do Renault Sandero e algumas versões da Ford Ecosport) e, como no Mille e no Gol, possui o mostrador "econômetro" no painel de instrumentos - que promete ajudar o motorista a minimizar o gasto de combustível.



Esta matéria é para os que reclamam de seus "mil". Precisamos entender de fato quando devemos optar por estes motores.

Fico dividido entre opiniões de proprietários. Uns consideram seus carros muito econômicos. Outros reclamam que não sobem ladeira. Temos os que acreditam ter verdadeiras supermáquinas 1.0 na mão, defendendo com unhas e dentes sua cavalaria. Vamos entender o que acontece?

Carros 1.0 não foram feitos para andar. Carros 1.0 foram feitos para economizar. Este é o primeiro ponto. Então se você quer economia, escolha um desses.
Mas aí você diz: "meu carro é 1.0 e é muito esperto!". Sim, acredito que seja, como acontece em especial com os zetecs e os volks. Mas então vai a triste notícia: Seu carro não é econômico. Você não percebeu?

Agora vamos para a explicação. Estes motores não foram feitos para fazer força. E força está diretamente ligada à combustível. Logo, se seu 1.0 anda bem é porque faz muita força. Muita força, muito combustível.

Economizar combustível não está no carro, e sim no condutor. A forma como você dirige reflete no seu bolso, e quanto mais você pisa no pedal do carro mil, mais dinheiro sai da sua carteira. Se seu objetivo é economizar, você precisa se reeducar. Então não tente arrancar e fazer de 0 a 100 em 8 segundos quando o semáforo ficar verde. Seja consciente, vá com calma, progrida as marchas respeitando os limites do seu carro. Com o carro cheio, desligue o ar ao subir a ladeira. 2 minutos com ele desligado não vão te derreter. Além disso, não tente subir rápido. Ultrapassar na ladeira, nem pensar. Não aposte corridas, não tente andar a 130km/h.

Bom, se você achou estes procedimentos absurdos, você é o público do carro 1.6. Este motor se torna mais econômico para motoristas com este perfil, pois a força que faz para tirar a massa do carro da inércia é muito menor que no 1.0.

Pense nisso a partir de hoje. Espero ter te ajudado!